terça-feira, 23 de junho de 2015

Igualitarismo ou Complementarismo- qual a sua visão?

Nós somos complementaristas — baseados na palavra "complemento". Em outras palavras, nós cremos que quando se trata de sexualidade, a maior demonstração da Glória de Deus, e a maior alegria dos relacionamentos humanos, e os maiores frutos no ministério, surgem quando as profundas diferenças entre homem e mulher são aceitas e celebradas como complemento umas das outras. Elas completam e embelezam umas as outras.
 
Igualitaristas:  Esta corrente, afirma que Deus originalmente criou o homem e a mulher iguais; e que o domínio masculino sobre as mulheres foi parte do castigo divino por causa da queda, com conseqüentes reflexos sócios-culturais. Segundo os igualitaristas mediante o advento de Cristo, essa punição e reflexos foram removidos; proporcionando conseqüentemente a restauração ao plano original de Deus quanto à posição da mulher na igreja. Portanto, agora, as mulheres têm direito iguais aos dos homens de ocupar cargos de oficialato da Igreja. 

complementaristas  por sua vez entendem que desde a criação – e portanto, antes da queda – Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher, visto que ambos são peculiarmente diferentes. A diferença entre eles é complementar. Ou seja, o homem e a mulher, com suas características e funções distintas se completam. A diferença de funções não implica em diferença de valor ou em inferioridade de um em relação ao outro, e as conseqüentes diferenças sócios-culturais nem sempre refletem a visão bíblica da funcionalidade distinta de cada um. O homem foi feito cabeça da mulher – esse princípio implica em diferente papel funcional do homem, que é o de liderar.

Assista esse vídeo com três dos maiores teólogos da atualidade, sobre o assunto:

https://www.youtube.com/watch?v=xqef2ZHYqxs&feature=youtu.be

Sobre o vídeo, o Pr. Filipe Niel escreveu:
“Tentando discernir complementarismo  e igualitarismo (ou complementarianismo e igualitarianismo)? Tentando entender se devemos ou não devemos ordenar mulheres ao ministério pastoral? Assista esse vídeo com três dos maiores teólogos da atualidade. No vídeo eles se propõem a responder a pergunta: “Por que decidimos colocar na declaração teológica e ministerial da organização que nós criamos um artigo que fala sobre complementarismo (a visão de que homens e mulheres foram gloriosamente criados por Deus diferentes e para exercer funções diferentes no lar e na igreja)? Aqui vai um trecho do que o Dr. D. A. Carson (a maior autoridade viva em Novo Testamento) diz: ‘A Hermenêutica tem sido usada hoje para desviar o que a Bíblia ensina de forma clara e inequívoca, a fim de se acomodar a razão ou um suposto pano de fundo de 1 Timóteo que dizer ter sido reconstruído, em lugar de simplesmente ouvir o que as Escrituras dizem, e isto acaba por levar essas pessoas […] a não tremer diante da Palavra de Deus, mas sim buscar caminhos para domesticá-la, e isso, a longo prazo, trará enormes problemas.’ Honestamente, louvo a Deus por esses acadêmicos e pastores de grande prestígio e influência que não ficam em cima do muro, mas com as consciências limpas diante de Deus se posicionam de forma clara em uma questão que tem destruído não apenas igrejas, mas a sociedade como um todo.”

Aplicação na Igreja
Nós, complementaristas, vemos isso. Em 1 Timóteo 2:12: "Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem." No contexto, o versículo significa: A responsabilidade principal pelo governo e ensino na igreja deve ser realizada por homens espirituais. Essas são as duas funções que distinguem os líderes da igreja dos diáconos: Governo (1 Timóteo 5:17) e Ensino (1 Timóteo 3:2). Então, a aplicação mais clara dessa passagem é dizer que os líderes da igreja devem ser homens espirituais.
Em outras palavras, uma vez que a igreja é a família de Deus, as realidades de liderança e submissão que vimos no casamento (Eféios 5:22) tem seus correspondentes na igreja.
  • "Autoridade" (em 1 Timóteo 2:12) refere-se ao chamado divino de homens espirituais e talentosos para assumir a responsabilidade principal de líderes que possuem uma liderança baseada na servidão semelhante à de Cristo e também a responsabilidade pelo ensino na igreja.
  • E "submissão" refere-se ao chamado divino do restante da igreja, ambos homens e mulheres, para honrar e apoiar a liderança e o ensino dos líderes, e serem discipulados por eles nas centenas e centenas de ministérios disponíveis para os homens e mulheres no serviço de Cristo.
O último ponto é muito importante. Para os homens e mulheres que possuem um zelo para ministrar — para salvar almas e curar vidas destruídas, e resistir ao mal e suprir às necessidades — existem campos de oportunidade que são simplesmente infinitos. Deus deseja que toda a igreja participe do ministério, o homem e a mulher. Ninguém deve simplesmente ficar em casa assistindo novela e jogos de bola, enquanto o mundo é consumido por chamas.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Como a Bíblia enxerga a questão da ordenação feminina?

Primeiro temos que esclarecer que não está em jogo a capacidade das mulheres e a igualdade delas como pessoa diante de Deus. A Bíblia diz que a mulher foi criada juntamente com o homem, ambos foram feitos a imagem e a semelhança de Deus, ambos tem o mesmo valor diante de Deus, são espiritualmente capazes na mesma proporção. A Bíblia nunca contempla a mulher como sendo inferior ao homem e isso é preciso deixar muito claro.

Também é preciso deixar claro que a igreja quando trata de questões assim e outras, ela deve se guiar pelo que diz a Bíblia, porque questões como essa e similares são tocadas pela cultura em que nós vivemos. A cultura moderna ela muda muito, “um dia já foi contra”, “hoje é a favor”, depois "vai mudar de novo". A igreja precisa ter um referencial que seja sólido, duradouro e permanente, por isso, a Bíblia é a nossa regra de fé e pratica. Para responder essas questões naturalmente nós temos que ir à Bíblia e procurar ver de que forma o assunto é tratado pela palavra de Deus.

Quando a gente lê a Bíblia, não há menor dúvida de que a mulher tem um papel destacado, um papel especial. No Antigo Testamento você encontra mulheres como Ulda e Débora que eram juízas e profetizas, no Novo Testamento você encontra as mulheres que seguiram a Jesus e que o atendiam com seus bens, você encontra aquelas mulheres que abriram suas casas para receber igrejas. Você vê Paulo mencionando mais de dez mulheres nas saudações que ele faz a igreja de Roma no capitulo 16 da carta aos Romanos. Paulo reconhece diversas mulheres e o trabalho delas, inclusive chama uma com o nome Febe de sua protetora, dizendo que já tinha ajudado a muita gente. Você encontra Priscila que juntamente com seu marido Áquila orientou o grande Apolo num momento de encruzilhada doutrinária em que ele se encontrava. 

Então não está em jogo que a mulher tem um papel especial, preponderante, indispensável e fundamental na vida da igreja, isso nós não discutimos, a grande questão é, por que é que você não encontra nem no Antigo Testamento e nem no Novo, as mulheres ocupando a posição de governo espiritual das comunidades. No Antigo Testamento seria o papel de sacerdotisa, os sacerdotes em Israel eram consagrados, ungidos para serem os líderes espirituais da nação de Israel, e no Novo Testamento, você tem os apóstolos, os presbíteros, os diáconos e os pastores. A pergunta é “porque apesar de Jesus ter vencido todos os preconceitos, conversado com a mulher samaritana, ter aparecido primeiro às mulheres no dia da ressurreição, resgatou o papel delas na sociedade em que elas viviam, então porque apesar de tudo isso, você não encontra mulheres ocupando posição como apostolas, bispas, presbíteras e pastoras no Novo Testamento? Porque você encontra o apóstolo Paulo dizendo que ele não permite que a mulher exerça uma função de autoridade que ensine usando uma autoridade que pertence ao homem, porque ele insiste que a mulher deve se portar na igreja como quem está debaixo de autoridade?"
 Voce tem isso em 1Corintios 11, 1Corintios 14, em Efésios 5 quando ele define o papel do homem e da mulher no casamento, você tem isso lá na primeira carta de Timóteo no capítulo 2, várias passagens nos falam com clareza ou nos revelam com clareza que da perspectiva bíblica o ministério feminino deve ser realizado, mas é vedado o exercício da autoridade espiritual consagrada e ungida por parte das mulheres. E a argumentação que é usada para justificar isso é geralmente a argumentação teológica, porque você ouve o pessoal dizendo que Paulo estava preso a cultura da sua época ou estava refletindo a cultura da sociedade em que ele estava inserido. Mas toda a vez que Paulo vai argumentar ele apela ou para a teologia ou para a Bíblia, por exemplo, quando ele vai dizer que a mulher tem que estar debaixo de autoridade em 1Coríntios 11, ele diz “ Deus é o cabeça de Cristo, que é o cabeça do homem, que é o cabeça da mulher” ou seja um argumento baseado na trindade e que começa na trindade e chega até a relação do homem e da mulher no que diz respeito ao contexto da igreja. Então esse é um argumento doutrinário, não é um argumento cultural. No mesmo capítulo ele diz que a mulher não pode estar numa posição de autoridade porque Deus primeiro fez o homem, depois é que fez a mulher e a mulher foi feita por causa do homem e não o homem por causa da mulher e que a mulher foi tirada do homem e não o homem da mulher. Então Paulo vê na sequencia da criação do homem e da mulher conforme está escrito lá em gênesis, já uma pré ordenação divina no que diz respeito aos papeis diferentes que o homem e a mulher deveriam exercer tanto no casamento quanto na igreja. 
Toda a argumentação de Paulo é teológica, lá em 1Timóteo 2 quando ele diz assim “não permito que a mulher ensine nem exerça autoridade de homem” ele diz porque Adão não foi enganado, mas a mulher sendo enganada caiu em transgressão.

A interpretação machista do versículo é dizer que a mulher é mais ingênua, mas a interpretação correta é que a mulher estando sob a orientação do seu marido no jardim, ela não deu ouvidos ao marido, ultrapassou o seu limite de comando e foi direto conversar com a serpente e assim acabou sendo iludida. Por isso quando Deus veio dar o castigo do homem, da mulher e da serpente, Ele disse a mulher que o desejo dela seria para o marido e que o marido deveria dominar sobre ela. Então do ponto de vista bíblico, o papel do homem e da mulher são diferentes, estabelecidos na criação, agravados por causa da queda. Embora Cristo nos redima, Ele seja um redentor da situação humana, contudo estes papéis não são abolidos no Novo Testamento. Somos redimidos, o homem e a mulher são salvos da mesma forma pela graça mediante a fé em Cristo Jesus, recebem dons espirituais equivalentes, contudo o exercício do governo espiritual da igreja e do lar é para o homem cristão. Então essa é a razão pela qual as igrejas históricas que levam a Bíblia muito a sério e que tem muito respeito pela Bíblia, entendem que pra seguir a Bíblia nós não poderemos colocar esse fardo que acaba sendo um peso sobre os ombros das nossas irmãs, mas o governo das igrejas, a autoridade espiritual deve ser exercida pelo homem cristão qualificado.

Embora sejamos iguais homem e mulher diante de Deus, a mulher no geral tem mais fragilidades de natureza física e outras que tornaria o trabalho de liderança em situações de crise, penoso mais do que já é, se já é para o homem, com certeza muito mais para a mulher, então de certo sentido Deus está dando um alívio para nossas irmãs, deixando esse fardo pesado de carregar para o homem cristão, e não é qualquer homem cristão, é o homem cristão qualificado. Isso me lembra que lá em 1 Timóteo 3 quando Paulo está descrevendo as características daquele que deve ser o líder, ele diz que deve ser marido de uma só mulher, então ao dar essa definição está obvio que Paulo tinha em mente de que seriam homens que deveriam ocupar essa posição de autoridade e de liderança. Mais uma vez eu quero lembrar, não há outro impedimento na escritura a não ser este.

Da minha perspectiva a mulher pode ensinar, ela pode liderar grupos dentro da igreja, ela pode trabalhar, pode evangelizar, ela pode fazer tudo o que os demais fazem naturalmente, a única vedação é com respeito ao ofício de pastor e de presbítero.


<Por Augustus Nicodemus em http://radioipb.podomatic.com/entry/2015-06-08T10_10_07-07_00
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