sexta-feira, 17 de julho de 2015
O Plano de Deus para a Família
Princípios da palavra: O Plano de Deus para a família
Através do plano original de Deus protagonizado por Adão e Eva, Deus estabeleceu um padrão para a família, um modelo que continua a ser o ideal de Deus até os dias de hoje. Embora satanás através da cultura e do sistema tenha descaracterizado e abalado a família, devemos lembrar que nossa cultura não é a mesma desse mundo, nossa cultura é a cultura do Reino de Deus. “Não vos conformeis com esse mundo, mas renovem a mente.."
Deus criou primeiramente ao homem, e o pôs no jardim para que governasse
“E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” Gn 2.15
Todos os homens vieram de um mesmo tronco-Adão. Assim Deus estava mostrando um padrão: O homem vem na frente liderando, governando a terra e a família, sendo o provedor(lavrando),e sendo o guardião, o protetor. Deus aponta um princípio: a autoridade vem sempre na frente, sendo seguida por seus liderados. De acordo com esse princípio, a família é composta inicialmente pelo esposo(líder), a esposa(auxiliadora), e aumentada posteriormente com a chegada dos filhos.
Quando Deus criou o homem, viu que o homem só, não poderia expressar a imagem e semelhança de Deus, pois Deus Pai, Filho e Espírito Santo, é sinônimo de relacionamento. Então quando Deus escolheu tornar possível a sua própria imagem na terra, ele criou um casamento, uma família! Surgia então Eva, a auxiliadora que ajudaria a Adão em sua missão.
Prioridades do homem segundo o propósito de Deus:
-1º Deus - “ amarás o Senhor , teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.” (Deuteronômio 6.5 ,Mateus 22.37)
-2º família - O homem é o líder, o administrador, o sacerdote e o guardião da família:“ Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornarem uma só pessoa.” (Gênesis 2.24 ) "o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja" (Ef 5:23) “ Pois se alguém não sabe governar a sua própria família, como pode cuidar da igreja de Deus?” (1 Timóteo 3.5).
-3º trabalho- O homem é o provedor instituído por Deus: E para o homem Deus disse o seguinte...“ você terá de trabalhar duramente a vida inteira...no suor do teu rosto, comerás o teu pão.” (Gênesis 3.17,19)“Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa;” (SL 128)
-4º ministério- ”assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei.”(João 17 18)
Prioridades da mulher segundo o propósito de Deus
-1º Deus - “ amarás o Senhor , teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.” Deuteronômio 6.5 ,Mateus 22.37
-2º família - “ E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora como se fosse a sua outra metade” (Gênesis 2.18 ) “ ...Que ensinem oque é bom, para que as mulheres mais jovens aprendam a amar os seus maridos e filhos e a ser sérias, puras, boas donas de casa e obedientes aos seus maridos...” (Tito 2.4) Na família está a maior missão da mulher.
-3º ministério- ”assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei.” João 17 18
Trabalho remunerado- (opcional)
1º PRIORIDADE para homem e mulher: DEUS
Todo novo convertido recebe o privilégio e chamado para ser guiado continuamente pelo Espírito Santo, para centralizar Deus em sua vida e para adotar a Palavra de Deus como o seu guia de fé e pratica. Colocar Deus em primeiro lugar, não tem aver com colocar dons, talentos e ministérios em primeiro lugar, mas tem aver com a comunhão constante que devemos ter com Ele.
2º PRIORIDADE: FAMÍLIA O papel do homem na família
Deus criou o homem primeiramente para dominar a terra, sujeitá-la, glorificando o criador e multiplicar. Gerar descendentes e ter domínio.(Gn 1.26)
O Esposo é aquele que aponta uma direção e vai na frente abrindo caminho para a família. Ele conta com a auxiliadora e finalmente decide qual é o melhor caminho. Deus garante respaldo às decisões do líder instituído por Ele. Como guardião defende a sua casa de toda ameaça tanto física como espiritual. Ele responde pela família, é dele a missão de guardar, ele é o guardião da casa. Como provedor, busca o sustento para a família, este mandamento foi dado a ele.
Deus criou a mulher para auxiliar o homem no cumprimento de sua missão (Gn 2.18), a isso entendemos como Submissão. Então, o casamento é a união entre um homem e uma mulher para que estes se ajudem mutuamente a cumprir a missão de glorificar a Deus.
Homens e mulheres são dependentes uns dos outros (1 Coríntios 11:11).
Cabeça :O primeiro de uma sequencia, principal, líder, chefe, guia.(1 Cor. 11:3 Ef. 5:23,24) Aquele que abre o caminho, toma as iniciativas, dá a direção.
Eva tomou a iniciativa na direção do casal (Gn 3.6). Quando a mulher sai do seu lugar, ela se torna presa fácil às investidas de satanás.
“Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.”
O padrão de Deus foi desvirtuado pelo pecado. À mulher, ele declarou: "Multiplicarei grandemente o seu sofrimento na gravidez; com sofrimento você dará à luz filhos. Seu desejo será para o seu marido, e ele a dominará". ( Gn 3.16) Mas Deus responsabiliza o homem pelo pecado e pelo abandono da liderança, apesar da iniciativa do pecado ter sido da mulher. O líder responde pelo grupo que lidera (Gn 3.9,17) Mas o SENHOR Deus chamou o homem, perguntando: "Onde está você?"
Provedor: E para o homem Deus disse o seguinte...“ você terá de trabalhar duramente a vida inteira...no suor do teu rosto, comerás o teu pão." (Gênesis3.17,19) “Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.(SL 128) (Gn 2.24) Deixar uma estrutura para gerar outra. (1 Timóteo 5:8)
Amar,cuidar,santificar,curar a esposa:(Ef 5:25)
Educar os filhos no caminho do Senhor:(Ef 6:4 )
Zelar pela herança do Senhor: (Sl 127 3-5) São “nossos” num sentido secundário. Quando um casal inicia um casamento dispõe-se a amar, a servir e sacrificar-se pela próxima geração. Amar e cuidar dos filhos é uma das principais maneiras pelas quais honramos a Deus e construímos seu reino.
Sacerdote no lar que garante que a mulher realize seu papel na família, observando suas prioridades: Deus, família, ministério, trabalho (opcional)
..sem mácula, nem ruga nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.(Ef 5:27)
2º PRIORIDADE: FAMÍLIA- O papel da mulher na família
Desde a criação da mulher, Deus estabeleceu que ela seria uma companheira idônea do homem .
E isso não coloca a mulher em posição de desonra, mas em lugar de honra e de importância única e insubstituível. A obra da Criação estava incompleta até que a mulher foi criada e com ela veio a mais bela das instituições: a família!
A Eva, Deus pediu que auxiliasse e obedecesse a Adão, e que lhe desse filhos. Em Eva Deus estava determinando um padrão para a mulher.
Como auxiliadora, a mulher deveria oferecer uma estrutura para que o homem pudesse cumprir com sucesso a sua missão. Essa estrutura entre outras coisas, envolve apoio, e um lar harmonioso e acolhedor. Todo homem-líder, vai precisar de um bom suporte para desempenhar bem o seu papel. Esse suporte tão fundamental para o homem é gerado pela mulher, através de coisas simples do cotidiano: palavras de incentivo, carinho, amor, apoio, uma casa cheirosa e organizada, filhos bem cuidados, auxílio em questões importantes, intercessão. Através da submissão à liderança do esposo, a mulher estaria demostrando obediência ao próprio Deus, provando assim que aceita a posição dada a ela. Mais que isso, estaria demonstrando fé em Deus, aceitando seguir pelo caminho apontado pelo esposo, estando debaixo da proteção e provisão dele.
A mulher auxiliadora e submissa pode ajudar a decidir e administrar, mas não tem a obrigação final de liderar; pode ajudar a proteger a família, mas não tem a cobrança de ser guardiã; pode ajudar a prover, mas não tem a responsabilidade de ser provedora. Ou seja, a submissão gera proteção e esse posto significa para a mulher: integridade para poder criar os filhos e cuidar do lar, sem a preocupação em ter que liderar ou prover.
As esposas têm responsabilidade especial como donas de casa (1 Timóteo 5:14; Tito 2:3-5).A mulher deve ser boa dona de casa. A Bíblia ensina que a mulher deve saber cuidar de sua casa.
A Bíblia diz em Provérbios, que a mulher deve estar sempre pronta a dar de comer aos de sua casa a qualquer hora do dia (Provérbios 31:15) , e não come o pão da preguiça (Provérbios 31:27).
Provérbios 31 , fala extensamente sobre a bênção que uma boa esposa é para o seu esposo, sendo uma "mulher virtuosa”.
O escritor elogia essa mulher como alguém que faz tudo que está ao seu poder para cuidar de sua família. Ela trabalha duro para cuidar de seu lar e manter sua família em ordem.
A mulher deve cuidar da sua aparência e família. Além de ser boa dona de casa, a mulher de verdade cuida bem da sua própria aparência e daqueles que dela dependem, providenciando para que eles estejam sempre bem vestidos (Provérbios 31:21-22).
Deve edificar com sabedoria. Ainda segundo Provérbios, a mulher deve saber edificar sua casa com sabedoria, sabendo a hora certa de falar (Provérbios 31:26).
Enquanto a mulher sábia edifica o lar, a tola o destrói (Provérbios 14:1).
Depois de auxiliadora, o mais importante papel da mulher é ser mãe. Antes que a sociedade se corrompesse, esse era o sonho de toda mulher. A mulher entendia a importância de seu papel quando se tornava mãe.
A mulher moderna ficou distraída em tantas coisas que perdeu o foco, a principal função dada a ela por Deus, a função a de gerar e criar filhos, está corrompida pela sociedade.
Todos os grandes homens, e mesmo Jesus Cristo, foram gerados do ventre de uma mulher.
Uma esposa e mãe devota está entre as maiores bênçãos que uma sociedade pode ter. (Pv 12.4) (1 Co 11.7) e devemos criar nossas filhas para desejarem desempenhar esse papel.
As mães têm um papel muito importante na educação de seus filhos. Timóteo ajudou grandemente os irmãos, no primeiro século, em parte por causa da influência de sua mãe e de sua avó.
Ser uma boa mãe é um trabalho especialmente importante das mulheres cristãs, 1 Timóteo 5:10 fala o seguinte “ Ela deve ser conhecida como uma mulher que sempre praticou boas ações, criou bem os filhos, foi hospitaleira” seguindo no verso 14: “..tenham filhos e cuidem das suas casas. “.
Muitas vezes nós mulheres queremos ser a pessoa de destaque, e não uma pessoa que vai gerar por exemplo um profeta, uma pessoa que Deus vai usar.
Muitos imaginam que ministério, é um grande público assistindo. Mas o que era mais importante, o ministério de João Batista, ou o ministério de Zacarias e Isabel seus pais, na vida de João Batista?
Sabemos a história de John Wesley, que foi usado por Deus para a transformação de uma sociedade na Inglaterra. Mas você sabe sobre a vida da sua mãe, que diariamente ensinava a bíblia para ele e para seu irmão Charle?
Aos olhos de Deus, quem era mais importante, quem tinha o ministério mais importante? John Wesley ou Susana sua mãe?
TRABALHO- o papel do homem
É através do trabalho que o homem obtém o sustento para prover as necessidades da família. Ele vem antes do ministério pelo fato de a grande maioria não viver de seu ministério.
(Mt 10.10 1 Tm 5.17,18) Chamado ministério integral.
(Dt 5:13) Chamado ministério parcial.
E para o homem Deus disse o seguinte...“ você terá de trabalhar duramente a vida inteira...no suor do teu rosto, comerás o teu pão.” (Gênesis 3.17,19)
“Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.SL 128
(Gn 2.24) Deixar uma estrutura para gerar outra.
(1 Timóteo 5:8)
Trabalho=provisão para estrutura familiar. Atenção.
Eu não adoro a provisão adoro ao provedor!
Quando sou grato ao Provedor tenho prazer Ec 3:12 e 13
Quando não sou grato tenho aflição de Espírito Ec 2.4-11
MINISTÉRIO- o papel do homem
É vasta a área de atuação ministerial do homem haja visto que em toda a história do N.T. vemos o homem ocupando o papel principal no ministério.
Temos sessenta e seis livros na Bíblia e todos os seus autores foram homens. Não há uma mulher entre os autores. Foram diretamente escolhidos por Deus. Houve doze apóstolos, e foram todos homens. Nenhuma mulher foi escolhida para apóstolo. Foram setenta os enviados pelo Senhor, além dos apóstolos. Não fomos informados de que houvesse uma mulher entre eles. A suposição de que todos eram homens é tão forte, em associação com os ensinamentos gerais das Escrituras a este respeito, que resulta em prova positiva. Houve "sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria", escolhidos em Atos 6 para "servir às mesas". Houve bispos escolhidos na igreja primitiva; foram todos homens. Ef. 4.11,12
Igreja Local: Seja em tempo integral ou parcial, o ministério masculino deve ser feito com amor e como continuação de seu ministério familiar.
Um bom pai é um bom diácono
Um bom marido é um bom ministro de adoração
Um bom genro é um bom evangelista.
A saúde ministerial do homem é muito importante para que não haja o sentimento de inutilidade na obra do Senhor.
MINISTÉRIO- o papel da mulher
Diferente do homem, a terceira prioridade da mulher é o ministério. Há um campo amplo para o ministério feminino com as mulheres e crianças, reuniões de mães, trabalho com crianças na Escola Dominical, etc.
Além de poderem ajudar os servos do Senhor de modo semelhante ao das mulheres que trabalharam com Paulo.
O conforto e o estímulo que uma mulher cristã ativa e piedosa -- movida pelo amor a Cristo e às almas e ainda assim governada pelas Escrituras -- pode prestar é incalculável.
Maria ungiu o Senhor para o Seu sepultamento.
Marta serviu ao Senhor muito bem.
Febe foi uma servidora da igreja e socorreu a muitos.
Lídia hospedou o Apóstolo Paulo em sua casa.
Priscila, sujeita à supremacia e liderança do seu marido, ajudou Apolo a entender melhor os planos de Deus.
Mulheres trabalharam com Paulo na pregação do Evangelho.
Segundo Tito 2.3-5 o dever das mulheres mais velhas (experientes)é de ensinar as mulheres jovens a viver uma vida que glorifique a Deus. Mantendo estas responsabilidades em mente, o tempo da mulher mais idosa pode ser gasto de acordo com a direção do Senhor e de acordo com o seu próprio critério.
(Lucas 2:36-38 )menciona que Ana orava continuamente. Nenhuma responsabilidade maior do que a oração existe .
A mulher deve ser intercessora. A mulher deve ser alguém que intercede por seu esposo e por sua família. Ela não se cansa de orar incessantemente por eles, e “sua lâmpada não se apaga de noite” (Provérbios 31:18).
TRABALHO REMUNERADO (ESPOSAS)
Quanto à divisão de responsabilidades no lar, a Bíblia instrui os maridos a providenciar por suas famílias.O marido é o provedor. Isso significa que ele trabalha e ganha dinheiro suficiente para providenciar por todas as necessidades diárias da sua esposa e filhos.
Falhar em fazer isso tem grandes consequências espirituais. (1 Timóteo 5:8). Segundo esse versículo, um infiel é um incrédulo. Um homem que não se esforça para providenciar para a sua família não pode chamar-se de Cristão.
Se uma mulher deve ou não trabalhar fora de casa é uma pergunta freqüente. A Bíblia tem instruções sobre o papel da mulher. Em (Tito 2:3-5), Paulo nos dá instruções sobre como uma jovem esposa deve ser treinada pelas mulheres mais velhas.
Nessa passagem, a Bíblia é bem clara de que quando há crianças na situação, elas são a responsabilidade principal da jovem esposa.
É triste que a sociedade moderna desdenhe as mulheres que devotam tempo integral à criação dos filhos pequenos e ao cuidado do lar, e exalte as mulheres que dão mais importância às suas carreiras profissionais.
Provérbios 31 deixa claro que o lar é para ser a área de influência e responsabilidade principal da mulher, porém uma esposa pode ajudar em sustentar a família- a mulher de provérbios 31 trabalhava em casa – mas providenciar para sua família não era sua responsabilidade principal.
A Bíblia em nenhum lugar proíbe a mulher de trabalhar fora de casa. No entanto, a Bíblia ensina quais devem ser as prioridades de uma mulher: Deus, família, ministério. Se trabalhar fora de casa leva uma mulher a negligenciar seus filhos e marido, então é errado que essa mulher trabalhe fora de casa.
Se uma mulher Cristã pode trabalhar fora de casa e ainda assim providenciar um lar amoroso e cuidadoso para seus filhos e marido, então é aceitável que ela trabalhe fora de casa.
Muitas mulheres estão cansadas e esgotadas por tentarem cumprir mais funções do que realmente devem. Quando isso ocorre, tanto o marido como a esposa devem em oração reorganizar suas prioridades e seguir as instruções da Bíblia para os seus papéis.
Porque a mulher atual trabalha fora?
Em meados do século XVlll , teve início no Reino Unido, a Revolução Industrial , que expandiu-se pelo mundo a partir do século XlX, fazendo surgir a era das maquinas, das fábricas, da tecnologia e causando profundo impacto econômico e social.
Foi aí que a mulher das camadas populares foi submetida ao trabalho fabril . O abandono do lar pelas mães que trabalhavam nas fábricas começou a gerar sérias conseqüências para a vida das crianças. A desestruturação do laço familiar, das camadas trabalhadoras e os vícios decorrentes do ambiente de trabalho promíscuo fez crescer os conflitos sociais.
A revolução industrial incorporou o trabalho da mulher no mundo da fábrica, separou o trabalho doméstico do trabalho remunerado fora do lar. A mulher foi incorporada subalternamente ao trabalho fabril. Em fases de ampliação da produção se incorporava a mão de obra feminina junto à masculina, nas fases de crise substituía-se o trabalho masculino pelo trabalho da mulher, porque o trabalho da mulher era mais barato. Ao ser incorporada ao mundo do trabalho fabril a mulher passou a ter uma dupla jornada de trabalho. A ela cabia cuidar da prole, dos afazeres domésticos e também do trabalho remunerado. A Revolução Industrial tirou as mães de dentro do lar em busca de trabalho remunerado e desde então desestabilizou a família e a sociedade,
Não é de se espantar que os principais movimentos como cultura alternativa ou cultura marginal dos quais podemos destacar os hippies e punks, tiveram início logo depois da Revolução Industrial como uma resposta dessa geração de jovens que crescera em meio à nova realidade familiar.
O reflexo desse relacionamento geral entre mães e filhos nos dias de hoje, demonstra exatamente a triste realidade de nossa sociedade, que há tempos está colhendo frutos de um lar totalmente desestruturado. Os pais já não oferecem um tempo de qualidade para os seus filhos, assim os filhos crescem e se tornam pais à imagem dos seus próprios pais.
Este hábito familiar suicida tem gerado durante séculos uma cadeia que tem aprisionado gerações. Estas por sua vez tem levado para a vida um sentimento de orfandade, e como defesa própria criam uma postura de independência, que mais cedo ou mais tarde acaba sendo refletida no relacionamento com Deus. Essa é a estratégia do inimigo, acabar com o relacionamento entre pais e filhos, ao ponto de tornar inimaginável a ideia de um Deus-Pai de amor.
Os próprios psicólogos dos nossos dias tem reconhecido, que a falta das mães nos lares, é a raiz de muitos distúrbios, se não a maioria. O mundo reconhece e fala sobre isso.
O artigo “A mulher e o trabalho” da psicóloga Maria Regina Canhos Vicentin, exemplifica um pouco do que o próprio meio secular tem diagnosticado.
Trecho: “O mundo já está colhendo as conseqüências da ausência materna no lar. Crianças e adolescentes egocêntricos, individualistas, frios, insatisfeitos e cruéis. De onde vem isso? Da falta de atenção, da falta de disciplina e limites antigamente impostos à exaustão pelas mães de plantão. Hoje em dia, a empregada, a babá, a creche, a escolinha, são muito mais mães que qualquer mulher que tenha parido. Só que é completamente diferente do calor e carinho que a mãe pode oferecer. É certo que o contato com outras crianças favorece a socialização, incentiva as trocas afetivas e a criação de vínculos de confiança, entretanto, se nada disso se experimenta em casa fica muito mais difícil e complicado, quiçá impossível”...”Se por um lado a ausência materna do lar predispõe os filhos a uma maior independência, por outro sinaliza um real abandono que lhes trará implicações pela vida toda e que não poderão ser supridas por desculpas ou presentes”... “Pena que a mulher tenha de trabalhar tanto e deixar seus filhos aos cuidados do mundo, que até hoje nunca aprendeu a educar alguém.”
As consequências de filhos que crescem ao acaso estão aí para todos ver, quando tudo isso poderia ser evitado com a presença materna nos primeiros anos de vida.
A mulher atual se tornou competitiva, ativista, provedora e cabeça no lar, tomou para si funções que Deus destinou ao homem. A mulher invadiu o mercado de trabalho, e todas as áreas da sociedade. Tudo isso de tal modo que quando chega o momento de ser esposa, mãe, e cuidar do lar, ela já está tão comprometida com todo o resto que prefere abrir mão da sua função de auxiliadora e mãe, para continuar fazendo aquilo que originalmente Deus não pediu a ela.
" Mas meu povo tem se esquecido de mim e queima incenso aos ídolos. N o caminho em que deviam andar, eles tropeçam.
Não seguem os caminhos antigos, mas vão por atalhos que não estão marcados.
Eles fizeram desta terra uma coisa horrorosa." (Jeremias 18.15)
A mulher atual vem escolhendo este caminho, queimando incenso aos ídolos de seus interesses, o dinheiro, a posição social, a liderança, a independência. Tropeçando no caminho em que deveria andar, pois quando exerce em tempo integral suas funções como mãe, esposa, dona de casa, sente-se inútil, não vê sentido nem valor em seu trabalho. Como se sua felicidade estivesse longe do lar.
Não seguem os caminhos antigos, o padrão deixado por Deus para que a mulher priorize aquilo para que foi criada. Mas vai por atalhos, criados e impostos por uma sociedade consumista, que se sobrepõe a família.
E por fim, todo o desequilíbrio consequente , resulta em problemas sociais dos mais diversos, brigas domésticas, divórcios, filhos revoltados, entregues às drogas, prostituição, crimes e a inevitável deficiência espiritual dessas novas gerações, ou seja, escolhas que a mulher fez, que “fizeram desta terra uma coisa horrorosa”.
Como as mães podem confiar em Deus como sendo o seu provedor?
..."até os tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade." At 3.23-24
Deus anseia por restaurar o seu plano original para a mulher. Deus deseja reorganizar as prioridades da mulher, corrompidas pela sociedade nos últimos séculos.
Mas como resgatar nossas prioridades e descansar no Senhor diante de uma sociedade consumista, diante de saldos negativos, de contas para pagar? Além da cobrança financeira que tem se colocado sobre a mulher, há uma cobrança para que ela ocupe cargos, se destaque, dispute o lugar que originalmente era masculino, enfim que entre num “ativismo sem fim”, e não se dê ao luxo de parar, nem que para isso seja preciso sacrificar seus filhos.
Hoje todos querem saber qual é o seu cargo, sua função, sua profissão. A cultura feminista dita as regras e oprime o plano de Deus.
Em se tratando da questão financeira, qual o plano original de Deus para o sustento do lar? De quem é o papel de provedor?
Desde o início, Deus estabeleceu que o homem seria o provedor.
“E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15)
Lavrar: gerar sustento, administrar
Guardar: proteger
Deus diz a Adão: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão” (Gn 3.19)
“Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa;” (SL 128) É o homem que sai em busca do sustento.
Foi dado ''oficialmente" ao homem a função de provedor.
Isso não significa que a mulher não possa se expressar e se sentir útil na sociedade, no mercado de trabalho, na igreja, usando seus dons, talentos e habilidades, ganhando dinheiro com isso ou não. Não há problema algum em a mulher trabalhar quando isso não a faz negligenciar as suas prioridades.
Mas acima do marido(provedor), está Deus, como provedor supremo do universo e de cada vida.
Nunca foi o plano de Deus colocar a mulher numa postura de “abandonar “os filhos em creches, para buscar o sustento do lar.
Os filhos são do Senhor, portanto cada criança que nasce é por permissão e vontade de Deus. Antes de ser um sonho ou projeto do casal, é um projeto de Deus. Antes de ser gerado no ventre da mulher é gerado em Deus, e é prioridade e promessa dEle prover o necessário para cada nova vida, já que por vontade dEle, esta veio ao mundo.
Os médicos afirmam ser indispensável a presença da mãe no primeiro ano de vida da criança, pois é nessa fase que os bebês criam vínculo com a mãe. Bebês criados em creches, ou com avós, criam vínculos com as professoras e as avós. A primeira infância é um período que não pode ser negligenciado pelas mães. E isso não é uma questão de abandonar carreira, dons, sonhos...,é apenas uma fase! É um tempo onde as mães se doam à família, aos filhos e principalmente à Deus.
Nesse tempo de cuidado integral aos filhos(que aliás passa muito rápido!), deixamos um pouco de lado os nossos sonhos e interesses, para cuidar um pouquinho dos sonhos e interesses de Deus: a criação e formação de futuros servos e servas de Deus: nossos filhos.
Depois dessa fase, nada impede que aos poucos, a mulher volte às suas atividades, conciliando-as a atenção que não pode deixar de dar aos filhos.
Como em tudo na vida é preciso haver um equilíbrio! Pois quando naquele dia diante dEle, não seremos cobradas acerca de nossas realizações e conquistas profissionais, mas sim seremos cobradas a cerca de nossos filhos.
Deus nos dá filhos, pois tem interesse em nossa descendência. “E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra”(Gn 1.28) Ele deseja que através de nossos filhos e netos o Reino de Deus avance. É por isso que os filhos são do Senhor! Uma vez que o Senhor nos abençoou desde o Éden para que gerássemos filhos, temos na maternidade um ministério (trabalho dado pelo Senhor) . Todo Ministério dado por Deus é sustentado pelo próprio Deus.
Deus não dá uma missão ou uma visão, sem dar a provisão.
Deus provê a missão materna! É uma questão de fé!
Para a mulher será uma questão de fé, uma decisão, deixar que Deus sustente seu ministério materno.
A mulher precisa crer em Deus como seu provedor supremo. “Abraão pôs naquele lugar o nome de“ o Deus eterno dará oque for preciso.” (Genesis 22.14)
Mais correto do que esperar provisão do marido ou vindo de seu próprio esforço profissional, é esperar em Deus e descansar nele.
Entenda que cuidar da sua criação faz parte da natureza de Deus. Ele revela-se como o “SENHOR que provê”.
CONSELHOS PRÁTICOS para o homem
1=CALENDÁRIO PESSOAL ANTES DO PROFISSIONAL (não sacrifique a família)
REMIR O TEMPO (Ef. 5.16)
2= ESFORCE-SE PARA NUNCA CANCELAR O PLANO DA FAMILIA
3=NÃO DEIXAR AS ATIVIDADES SE TORNAREM ÍDOLOS.
4=NÃO FAÇA DE SUA COLEGA DE TRABALHO UMA “ESPOSA PROFISSIONAL”
5=LUAS DE MEL PERIÓDICAS
6=NÃO DEIXE O MUNDO DITAR SEU PAPEL OU DE SUA ESPOSA “a maioria”
7=MANTENHA VIVA SUA VIDA DEVOCIONAL
8=ORAR COM A ESPOSA. FILHOS.
9=DE VALOR E AMOR A SUA FAMILIA
10=NÃO FAÇA DE SUA ESPOSA UM ACESSÓRIO.
11=ESCOLA DOS FILHOS
12=NÃO CULPAR OS FILHOS PELOS PROBLEMAS DOS PAIS. Tenra idade.
13=RECREAÇÃO É VITAL PARA INSPIRAÇÃO
14=NÃO QUESTIONE SUA ESPOSA NA FRENTE DE OUTRAS PESSOAS.
15=COMUNIQUE-SE
16=INVISTA EM SEU CASAMENTO. GRUPO DE CASAIS.
Conclusão
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Os homens e as mulheres devem ser igualmente ativos no Reino de Deus. Nenhum deles deve fazer o que Deus não lhes atribuiu, mas quando cada um trabalha dentro do papel que Deus ordenou, o nome do Senhor será glorificado e sua obra cumprida.
Ref.:
Gary Fisher
Mikhe Shea
Mães no Reino.blogspot.com
www.uepg
Estudosgospel
Wikpedia
Got Questions Ministries
Marcadores:
ministério feminino,
missão
terça-feira, 23 de junho de 2015
Igualitarismo ou Complementarismo- qual a sua visão?
Nós somos complementaristas — baseados na palavra "complemento". Em outras
palavras, nós cremos que quando se trata de sexualidade, a maior
demonstração da Glória de Deus, e a maior alegria dos relacionamentos
humanos, e os maiores frutos no ministério, surgem quando as profundas
diferenças entre homem e mulher são aceitas e celebradas como complemento umas das outras. Elas completam e embelezam umas as outras.
Igualitaristas: Esta corrente, afirma que Deus originalmente criou o homem e a mulher iguais; e que o domínio masculino sobre as mulheres foi parte do castigo divino por causa da queda, com conseqüentes reflexos sócios-culturais. Segundo os igualitaristas mediante o advento de Cristo, essa punição e reflexos foram removidos; proporcionando conseqüentemente a restauração ao plano original de Deus quanto à posição da mulher na igreja. Portanto, agora, as mulheres têm direito iguais aos dos homens de ocupar cargos de oficialato da Igreja.
complementaristas por sua vez entendem que desde a criação – e portanto, antes da queda – Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher, visto que ambos são peculiarmente diferentes. A diferença entre eles é complementar. Ou seja, o homem e a mulher, com suas características e funções distintas se completam. A diferença de funções não implica em diferença de valor ou em inferioridade de um em relação ao outro, e as conseqüentes diferenças sócios-culturais nem sempre refletem a visão bíblica da funcionalidade distinta de cada um. O homem foi feito cabeça da mulher – esse princípio implica em diferente papel funcional do homem, que é o de liderar.
Assista esse vídeo com três dos maiores teólogos da atualidade, sobre o assunto:
Sobre o vídeo, o Pr. Filipe Niel escreveu:
Aplicação na Igreja
Nós, complementaristas, vemos isso. Em 1 Timóteo 2:12: "Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem." No contexto, o versículo significa: A responsabilidade principal pelo governo e ensino na igreja deve ser realizada por homens espirituais. Essas são as duas funções que distinguem os líderes da igreja dos diáconos: Governo (1 Timóteo 5:17) e Ensino (1 Timóteo 3:2). Então, a aplicação mais clara dessa passagem é dizer que os líderes da igreja devem ser homens espirituais.
Em outras palavras, uma vez que a igreja é a família de Deus, as realidades de liderança e submissão que vimos no casamento (Eféios 5:22) tem seus correspondentes na igreja.
Igualitaristas: Esta corrente, afirma que Deus originalmente criou o homem e a mulher iguais; e que o domínio masculino sobre as mulheres foi parte do castigo divino por causa da queda, com conseqüentes reflexos sócios-culturais. Segundo os igualitaristas mediante o advento de Cristo, essa punição e reflexos foram removidos; proporcionando conseqüentemente a restauração ao plano original de Deus quanto à posição da mulher na igreja. Portanto, agora, as mulheres têm direito iguais aos dos homens de ocupar cargos de oficialato da Igreja.
complementaristas por sua vez entendem que desde a criação – e portanto, antes da queda – Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher, visto que ambos são peculiarmente diferentes. A diferença entre eles é complementar. Ou seja, o homem e a mulher, com suas características e funções distintas se completam. A diferença de funções não implica em diferença de valor ou em inferioridade de um em relação ao outro, e as conseqüentes diferenças sócios-culturais nem sempre refletem a visão bíblica da funcionalidade distinta de cada um. O homem foi feito cabeça da mulher – esse princípio implica em diferente papel funcional do homem, que é o de liderar.
Assista esse vídeo com três dos maiores teólogos da atualidade, sobre o assunto:
https://www.youtube.com/watch?v=xqef2ZHYqxs&feature=youtu.be
Sobre o vídeo, o Pr. Filipe Niel escreveu:
“Tentando discernir complementarismo e igualitarismo (ou complementarianismo e igualitarianismo)? Tentando entender se devemos ou não devemos ordenar mulheres ao ministério pastoral? Assista esse vídeo com três dos maiores teólogos da atualidade. No vídeo eles se propõem a responder a pergunta: “Por que decidimos colocar na declaração teológica e ministerial da organização que nós criamos um artigo que fala sobre complementarismo (a visão de que homens e mulheres foram gloriosamente criados por Deus diferentes e para exercer funções diferentes no lar e na igreja)? Aqui vai um trecho do que o Dr. D. A. Carson (a maior autoridade viva em Novo Testamento) diz: ‘A Hermenêutica tem sido usada hoje para desviar o que a Bíblia ensina de forma clara e inequívoca, a fim de se acomodar a razão ou um suposto pano de fundo de 1 Timóteo que dizer ter sido reconstruído, em lugar de simplesmente ouvir o que as Escrituras dizem, e isto acaba por levar essas pessoas […] a não tremer diante da Palavra de Deus, mas sim buscar caminhos para domesticá-la, e isso, a longo prazo, trará enormes problemas.’ Honestamente, louvo a Deus por esses acadêmicos e pastores de grande prestígio e influência que não ficam em cima do muro, mas com as consciências limpas diante de Deus se posicionam de forma clara em uma questão que tem destruído não apenas igrejas, mas a sociedade como um todo.”
Aplicação na Igreja
Nós, complementaristas, vemos isso. Em 1 Timóteo 2:12: "Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem." No contexto, o versículo significa: A responsabilidade principal pelo governo e ensino na igreja deve ser realizada por homens espirituais. Essas são as duas funções que distinguem os líderes da igreja dos diáconos: Governo (1 Timóteo 5:17) e Ensino (1 Timóteo 3:2). Então, a aplicação mais clara dessa passagem é dizer que os líderes da igreja devem ser homens espirituais.
Em outras palavras, uma vez que a igreja é a família de Deus, as realidades de liderança e submissão que vimos no casamento (Eféios 5:22) tem seus correspondentes na igreja.
- "Autoridade" (em 1 Timóteo 2:12) refere-se ao chamado divino de homens espirituais e talentosos para assumir a responsabilidade principal de líderes que possuem uma liderança baseada na servidão semelhante à de Cristo e também a responsabilidade pelo ensino na igreja.
- E "submissão" refere-se ao chamado divino do restante da igreja, ambos homens e mulheres, para honrar e apoiar a liderança e o ensino dos líderes, e serem discipulados por eles nas centenas e centenas de ministérios disponíveis para os homens e mulheres no serviço de Cristo.
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Como a Bíblia enxerga a questão da ordenação feminina?
Primeiro temos que esclarecer que não está
em jogo a capacidade das mulheres e a igualdade delas como pessoa diante de
Deus. A Bíblia diz que a mulher foi criada juntamente com o homem, ambos foram
feitos a imagem e a semelhança de Deus, ambos tem o mesmo valor diante de Deus,
são espiritualmente capazes na mesma proporção. A Bíblia nunca contempla a
mulher como sendo inferior ao homem e isso é preciso deixar muito claro.
Também é preciso deixar claro que a igreja
quando trata de questões assim e outras, ela deve se guiar pelo que diz a Bíblia,
porque questões como essa e similares são tocadas pela cultura em que nós
vivemos. A cultura moderna ela muda muito, “um dia já foi contra”, “hoje é a
favor”, depois "vai mudar de novo". A igreja precisa ter um referencial que seja
sólido, duradouro e permanente, por isso, a Bíblia é a nossa regra de fé e
pratica. Para responder essas questões naturalmente nós temos que ir à Bíblia e
procurar ver de que forma o assunto é tratado pela palavra de Deus.
Quando a gente lê a Bíblia, não há menor
dúvida de que a mulher tem um papel destacado, um papel especial. No Antigo
Testamento você encontra mulheres como Ulda e Débora que eram juízas e
profetizas, no Novo Testamento você encontra as mulheres que seguiram a Jesus e
que o atendiam com seus bens, você encontra aquelas mulheres que abriram suas
casas para receber igrejas. Você vê Paulo mencionando mais de dez mulheres nas
saudações que ele faz a igreja de Roma no capitulo 16 da carta aos Romanos.
Paulo reconhece diversas mulheres e o trabalho delas, inclusive chama uma com o
nome Febe de sua protetora, dizendo que já tinha ajudado a muita gente. Você
encontra Priscila que juntamente com seu marido Áquila orientou o grande Apolo
num momento de encruzilhada doutrinária em que ele se encontrava.
Então não
está em jogo que a mulher tem um papel especial, preponderante, indispensável e
fundamental na vida da igreja, isso nós não discutimos, a grande questão é, por
que é que você não encontra nem no Antigo Testamento e nem no Novo, as mulheres
ocupando a posição de governo espiritual das comunidades. No Antigo Testamento
seria o papel de sacerdotisa, os sacerdotes em Israel eram consagrados, ungidos
para serem os líderes espirituais da nação de Israel, e no Novo Testamento,
você tem os apóstolos, os presbíteros, os diáconos e os pastores. A pergunta é “porque apesar de Jesus ter vencido todos os preconceitos, conversado com a mulher
samaritana, ter aparecido primeiro às mulheres no dia da ressurreição, resgatou
o papel delas na sociedade em que elas viviam, então porque apesar de tudo
isso, você não encontra mulheres ocupando posição como apostolas, bispas,
presbíteras e pastoras no Novo Testamento? Porque você encontra o apóstolo
Paulo dizendo que ele não permite que a mulher exerça uma função de autoridade
que ensine usando uma autoridade que pertence ao homem, porque ele insiste que
a mulher deve se portar na igreja como quem está debaixo de autoridade?"
Voce
tem isso em 1Corintios 11, 1Corintios 14, em Efésios 5 quando ele define o
papel do homem e da mulher no casamento, você tem isso lá na primeira carta de
Timóteo no capítulo 2, várias passagens nos falam com clareza ou nos revelam
com clareza que da perspectiva bíblica o ministério feminino deve ser
realizado, mas é vedado o exercício da autoridade espiritual consagrada e
ungida por parte das mulheres. E a argumentação que é usada para justificar
isso é geralmente a argumentação teológica, porque você ouve o pessoal dizendo
que Paulo estava preso a cultura da sua época ou estava refletindo a cultura da
sociedade em que ele estava inserido. Mas toda a vez que Paulo vai argumentar
ele apela ou para a teologia ou para a Bíblia, por exemplo, quando ele vai
dizer que a mulher tem que estar debaixo de autoridade em 1Coríntios 11, ele
diz “ Deus é o cabeça de Cristo, que é o cabeça do homem, que é o cabeça da
mulher” ou seja um argumento baseado na trindade e que começa na trindade e
chega até a relação do homem e da mulher no que diz respeito ao contexto da
igreja. Então esse é um argumento doutrinário, não é um argumento cultural. No
mesmo capítulo ele diz que a mulher não pode estar numa posição de autoridade
porque Deus primeiro fez o homem, depois é que fez a mulher e a mulher foi
feita por causa do homem e não o homem por causa da mulher e que a mulher foi
tirada do homem e não o homem da mulher. Então Paulo vê na sequencia da criação
do homem e da mulher conforme está escrito lá em gênesis, já uma pré ordenação
divina no que diz respeito aos papeis diferentes que o homem e a mulher deveriam
exercer tanto no casamento quanto na igreja.
Toda a argumentação de Paulo é teológica,
lá em 1Timóteo 2 quando ele diz assim “não permito que a mulher ensine nem
exerça autoridade de homem” ele diz porque Adão não foi enganado, mas a mulher
sendo enganada caiu em transgressão.
A interpretação machista do versículo é
dizer que a mulher é mais ingênua, mas a interpretação correta é que a mulher
estando sob a orientação do seu marido no jardim, ela não deu ouvidos ao
marido, ultrapassou o seu limite de comando e foi direto conversar com a
serpente e assim acabou sendo iludida. Por isso quando Deus veio dar o castigo
do homem, da mulher e da serpente, Ele disse a mulher que o desejo dela seria
para o marido e que o marido deveria dominar sobre ela. Então do ponto de vista
bíblico, o papel do homem e da mulher são diferentes, estabelecidos na criação,
agravados por causa da queda. Embora Cristo nos redima, Ele seja um redentor da
situação humana, contudo estes papéis não são abolidos no Novo Testamento. Somos redimidos, o homem e a mulher são salvos da mesma forma pela graça
mediante a fé em Cristo Jesus, recebem dons espirituais equivalentes, contudo o
exercício do governo espiritual da igreja e do lar é para o homem cristão.
Então essa é a razão pela qual as igrejas históricas que levam a Bíblia muito a
sério e que tem muito respeito pela Bíblia, entendem que pra seguir a Bíblia
nós não poderemos colocar esse fardo que acaba sendo um peso sobre os ombros
das nossas irmãs, mas o governo das igrejas, a autoridade espiritual deve
ser exercida pelo homem cristão qualificado.
Embora sejamos iguais homem e mulher diante
de Deus, a mulher no geral tem mais fragilidades de natureza física e
outras que tornaria o trabalho de liderança em situações de crise, penoso mais
do que já é, se já é para o homem, com certeza muito mais para a mulher, então
de certo sentido Deus está dando um alívio para nossas irmãs, deixando esse
fardo pesado de carregar para o homem cristão, e não é qualquer homem cristão,
é o homem cristão qualificado. Isso me lembra que lá em 1 Timóteo 3 quando
Paulo está descrevendo as características daquele que deve ser o líder, ele diz
que deve ser marido de uma só mulher, então ao dar essa definição está obvio
que Paulo tinha em mente de que seriam homens que deveriam ocupar essa posição
de autoridade e de liderança. Mais uma vez eu quero lembrar, não há outro
impedimento na escritura a não ser este.
Da minha perspectiva a mulher pode ensinar,
ela pode liderar grupos dentro da igreja, ela pode trabalhar, pode evangelizar,
ela pode fazer tudo o que os demais fazem naturalmente, a única vedação é com
respeito ao ofício de pastor e de presbítero.
<Por Augustus Nicodemus em http://radioipb.podomatic.com/entry/2015-06-08T10_10_07-07_00
quinta-feira, 14 de maio de 2015
O Ofendido e o Ofensor
Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? 22 Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete." (Mt 18:21-22 ACF)
Mt 18:21 diz que é O OFENDIDO QUEM PERDOA, não
diz que é ele quem vai pedir perdão! (isto seria um contra-senso!)
b) Se eu, velho e fraco e doente, estacionar meu carro de modo que, sem eu querer, ele fique refletindo o sol no seu carro, depois você chegar e passar 5 minutos batendo no meu carro com um bastão de baseball, e nisso você fizer um pequeno calo na sua mão, serei eu que tenho que pedir perdão a você por que EU causei o calo??? Isto é a maior loucura do mundo!
b) Se eu, velho e fraco e doente, estacionar meu carro de modo que, sem eu querer, ele fique refletindo o sol no seu carro, depois você chegar e passar 5 minutos batendo no meu carro com um bastão de baseball, e nisso você fizer um pequeno calo na sua mão, serei eu que tenho que pedir perdão a você por que EU causei o calo??? Isto é a maior loucura do mundo!
O que a
Bíblia LHE ordena é que você se arrependa, me peça perdão, pague todo o
conserto do meu carro, etc. E o que a Bíblia ME ordena é que eu o perdoe, mesmo
antes de você se arrepender e vir me pedir perdão e fazer restauração, e
mesmo se você jamais se
arrepender e jamais me procurar para você pedir perdão e para fazer
reparação.
A Bíblia me dá também o direito (mas não a
obrigação) de, em amor, sem ódio, procurar fazer-lhe se arrepender. Eu
tenho o direito (mas não a obrigação) de ir a você primeiro
sozinho, depois acompanhado de 2 testemunhas maduras e espirituais,
finalmente levar o caso à igreja. Ver Mt 18:15-17.
Mas porventura Mt 5:23-25 não ordena o ofendido a pedir perdão?
23 Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta. 25 Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.
a) Esta passagem pode estar mandando o ofendido procurar a
paz, a reconciliação, e pode estar mandando eu procurar convencer meu odiador
a desviar o seu furor de mim, mas de maneira nenhuma a Bíblia jamais manda o
ofendido, aquele que sofreu o ferimento, pedir perdão por ter sujado o
punhal
do agressor ao ser apunhalado!!!
Uma coisa é eu perdoar de coração e não procurar vingança,
outra coisa é eu procurar quem atirou em mim sem nenhuma razão justa, e eu
lhe pedir perdão pela despesa que teve com o tiro em vão, pelo fato de eu
ter me esquivado. Que conversa sem sentido, irmão!
b) Vejamos um comentário sobre v.23:
Mt 5:23 “... tem alguma coisa contra ti ...”: “[Isto é:] ele tem alguma coisa para te culpar justamente, tem alguma base legal para reclamar contra ti, tu fizeste contra ele alguma injúria ou ofensa (particularmente se alguma vez o tiveres chamado de ‘raca’ ou de ‘louco’, pois estas palavras [v. 23] referem-se ao que vem antes [v. 22], e lhe são um corolário ou conclusão, como fica aparente pela partícula causal ‘portanto’ ." John Gill's Exposition of the Entire Bible.
Mt 5:23 “... tem alguma coisa contra ti ...”: “[Isto é:] ele tem alguma coisa para te culpar justamente, tem alguma base legal para reclamar contra ti, tu fizeste contra ele alguma injúria ou ofensa (particularmente se alguma vez o tiveres chamado de ‘raca’ ou de ‘louco’, pois estas palavras [v. 23] referem-se ao que vem antes [v. 22], e lhe são um corolário ou conclusão, como fica aparente pela partícula causal ‘portanto’ ." John Gill's Exposition of the Entire Bible.
Fonte:http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/ComProximo/DeveOfendidoPedirPerdaoOfensor-Helio.htm
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Ordenação de Mulheres ao Ministério da Palavra?
1. Introdução
A questão da ordenação de mulheres ao ministério da
Palavra tem sido objeto de discussão por parte de muitas pessoas em
igrejas e seminários. É um assunto tão delicado que alguns preferem nem
mesmo se pronunciar sobre ele. Normalmente, esse tema tem sido discutido
mais sob a ótica cultural dos tempos bíblicos em relação ao tempo atual
e dos direitos de igualdade entre homem e mulher. Por isso mesmo tem
causado constrangimento em alguns meios, tornando-se um assunto
melindroso. O debate tem sido mais em torno desses aspectos culturais e
pessoais do que necessariamente exegético e talvez seja essa a razão do
incômodo.
As posições giram sempre em torno de três opções: A
primeira diz que mulher pode ser pastora; a segunda declara que a mulher
não pode ser pastora e, a terceira afirma que não tem posição. De forma
geral, aqueles que defendem a ordenação feminina ao pastorado usam
argumentos baseados no avanço da civilização, na modernização dos
tempos, no progresso humano e a crescente participação da mulher em
outras áreas da sociedade. Nessa mesma linha, outros consideram
simplesmente inevitável que as mulheres sejam ordenadas pastoras, pois,
segundo pensam, essa é uma tendência irreversível. Naturalmente, ainda
há aqueles que pensam sob o ponto de vista da igualdade e analisam a
nova sociedade que Cristo construiu, fazendo de ambos um só povo, onde
não há distinção entre homem e mulher
(Ef 2.14-16).
Do
segundo grupo, que é contrário à ordenação das irmãs, alguns são
simplesmente machistas e não ponderam o assunto com sobriedade e acabam
relegando às mulheres uma posição quase humilhante. Alguns simplesmente
ignoram as questões mais simples da teologia, sociologia, entre outras,
para oferecer uma posição consistente. O terceiro grupo está dividido
entre aqueles que temem ser dogmáticos por não encontrarem subsídios e
aqueles que não se importam com o assunto, como se isso não lhes
dissesse respeito ou fosse importante.
No entanto, esse artigo deseja desafiar o leitor a uma
reflexão teológica do assunto. Apesar de reconhecer que todos devem
sempre considerar os tempos e as mudanças culturais, creio que a Bíblia
deva ser sempre o primeiro e último escrutínio para uma decisão assim.
Como pastores, nosso espírito precisa ser bíblico, mesmo que isso
implique em posicionamentos contrários à cultura ou à tendência por mais
inevitável que seja. A voz profética, aliás, nem sempre obteve respaldo
da moda. Tendo como base os escritos de alguns autores comprometidos
com a Bíblia, quero propor a análise de determinados textos sagrados
para provocar uma reflexão consistente em cada um (pelo menos que sirva
de ponto de partida), para depois chegar a uma conclusão.
2. Passagens consideradas a favor da ordenação feminina
Em primeiro lugar vamos olhar para algumas passagens
bíblicas que muitas vezes são usadas para sustentar a possibilidade da
ordenação feminina ao ministério pastoral. A primeira delas é
Romanos 16.7
- aqui, em sua saudação à Igreja de Roma, Paulo menciona uma pessoa por
nome Júnias, que era notável entre os apóstolos. Algumas correntes tomam
esse texto para argumentar que Júnias era uma mulher que exercia o
ofício apostólico. Antes de mais nada, porém, duas perguntas devem ser
feitas: a) seria esse um nome feminino? b) a expressão "notável entre os
apóstolos", significa que Júnias era um dos apóstolos ou significa que
os apóstolos tinham Júnias em alta conta?
Ao que tudo indica, parece que Júnias era nome tanto de
homem quanto de mulher no período neotestamentário. O conhecido pastor e
teólogo batista Russell Shedd declara que "não é possível determinar
através do original se o segundo nome é feminino ou masculino". Alguns
autores lembram que Epifânio relata que Júnias se tornou bispo de
Apaméia. Outro dos antigos pais da Igreja, Orígenes, também faz
referência em seu comentário em latim à carta aos Romanos a Júnias, mas,
no masculino. De forma conclusiva, no entanto, a única coisa de que se
tem certeza no texto de
Romanos 16.7
é que Júnias era uma pessoa que ajudou o apóstolo em seu ministério.
Qualquer exegeta sabe que fica muito difícil tomar o apoio de uma
passagem tão frágil como essa para fazer uma sustentação doutrinária.
Uma outra passagem muito usada para apoiar a visão da ordenação feminina é
Gálatas 3.28,
que declara: "não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus".
É, de fato, um texto muito atraente e muitos encontram nele o respaldo
para sua posição, fazendo uso dele para dizer que Cristo aboliu toda a
diferença entre homem e mulher. Para eles, Cristo quebrou a maldição de
Gênesis sobre a mulher, e agora dá, também a ela, o direito de ter as
mesmas funções eclesiásticas que os homens.
Como sempre, a boa exegese sempre nos leva a fazer uma
pergunta ao texto. Nesse caso específico, a melhor pergunta a ser feita
seria: Nesse texto o apóstolo Paulo está falando da abolição da
subordinação feminina e de igualdade de funções ministeriais entre homem
e mulher? A resposta pode começar a ser encontrada no contexto de
Gálatas. Ao que tudo indica, Paulo escreveu essa carta para responder a
questões levantadas sobre a nossa justificação diante de Deus. Sua
afirmação central é a de que todos, independente da sua raça, cor,
posição social e sexo, são recebidos por Deus da mesma maneira: pela fé
em Cristo. Definitivamente
Gálatas 3.28
não está tratando do desempenho de papéis na igreja e na família, mas da
nossa posição diante de Deus. A salvação em Cristo justifica igualmente
homens e mulheres diante de Deus, mas não altera o papel de ambos
estabelecido previamente na Criação. O pastor e teólogo presbiteriano
Augustus Nicodemus afirma que "o assunto não são as funções que homens e
mulheres desempenham na Igreja de Cristo, mas a posição que todos os
que crêem desfrutam diante de Deus".
É importante sempre ter em mente que a questão da
subordinação feminina tem sua base na Criação (Gênesis 1 e 2) e não na
Queda (Gênesis 3). A cruz de Cristo aboliu as diferenças cerimoniais
para que todos pudessem aproximar-se de Deus, mas em nenhum momento pôs
um término nas funções ou papéis fundamentais do homem e da mulher
estabelecidos por Deus muito antes da Queda. Para o Dr. Shedd "no
reino de Deus, homem e mulher são iguais; na natureza, são
interdependentes, na sociedade, igreja e família, a mulher se submete".
A igualdade que hoje há em Cristo não afetou ou alterou o papel do
homem ou da mulher. O marido continua sendo o cabeça e a mulher continua
sendo submissa. Essa posição honrosa de ambos contribui inclusive para o
entendimento da nossa eclesiologia. É o paralelo do casamento humano
com as bodas de Cristo e sua igreja, a noiva
(1Co 11.7-10;
Ef 5.22-24
e
1Tm 2.12-15).
Há ainda um outro fator a ser observado. Aquilo que é
bom para a Igreja é bom para a sociedade também. No coração de uma
mulher cristã deveria haver o sentimento de promover a liderança de seu
marido, bem como no coração de um homem cristão deveria haver o
sentimento de liderar sua esposa em amor. Esse sentimento de submissão "no temor de Deus"
(Ef 5.21)
deveria ser o tom do "bom andamento da vida", como sugere o Dr. Russell Shedd. Para ele esse compasso de submissão deveria existir naturalmente no lar, "da esposa para o marido, dos filhos aos pais", e também "no emprego, dos empregados aos chefes", todos, enfim, refletindo a submissão "da Igreja para o seu Mestre, Cristo".
A deterioração desse valor dentro da Igreja tem afetado em grande parte
as famílias por todo o mundo. A Igreja tem a oportunidade de colocar-se
como um padrão diferente do mundo, mas infelizmente tem se adaptado com
muita facilidade às suas pressões. O pastor batista John Piper declara
que "na igreja, a redenção em Cristo deu a
homens e mulheres bênçãos iguais da salvação; no entanto, alguns papéis
do governo e ensino dentro da igreja permanecem restritos aos homens". Assim, esse texto de Gálatas também não deve ser utilizado como base teológica para o ministério pastoral feminino.
Uma terceira passagem ainda muito usada para sustentar a ordenação feminina ao ministério pastoral é
Atos 2.16-18,
quando Pedro cita o profeta Joel dizendo que, "vossas filhas
profetizarão e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito". Esse
texto é usado para dizer que, assim como os homens, as mulheres também
receberam o Espírito Santo de Deus e, portanto, podem exercer as mesmas
funções que eles. Em primeiro lugar, deve-se notar o paradoxo dessa
defesa, pois, para se reclamar igualdade aqui, dever-se-ia antes,
reclamar igualdade lá. O texto diz que elas receberam o Espírito, sim,
mas não diz que elas exerceram ministério pastoral. Pelo menos, é o que o
"silêncio da Bíblia" indica. Se as mulheres exerceram os mesmos
ministérios que os homens no período da igreja apostólica, por que não
há nenhuma menção no Novo Testamento de apóstolas, presbíteras, pastoras
ou bispas? Por todo o Novo Testamento não se encontra qualquer
recomendação apostólica nesse sentido. Nem uma sequer! As cartas
conhecidas como "Pastorais", em que Paulo instrui Timóteo e Tito, e que
são usadas como texto base para a ordenação dos oficiais da Igreja, nada
falam quanto à ordenação de mulheres. O conhecido pastor e escritor
John Piper (Bethlehem Baptist Church, em Minneapolis, EUA) lembra que
todos os dons são dados tanto a homens como a mulheres, mas os ofícios,
não, e essa distinção (entre dons e ofício) precisa estar em nossa
mente. Uma simples leitura das qualificações exigidas por Paulo em
1 Timóteo 3.1-7
e
Tito 1.5-9
transmite a clara impressão de que o apóstolo tinha em mente a ordenação
de homens. E ninguém pode alegar que era uma questão cultural ou
machismo da parte do apóstolo. Ele não apenas reconhecia a igualdade do
ser humano diante de Deus e a importância do trabalho feminino no Reino,
mas também sempre lutou para proteger a mulher dentro daquela sociedade
machista. Ele tinha questões teológicas em mente.
Mais uma vez, então, a pergunta que deve ser feita ao
texto em questão é: o fato de as mulheres receberem o Espírito Santo
significa obter autorização para a ordenação ministerial? O Dr.
Nicodemus lembra que o texto fala de profecia, sonhos e visões e, bem
sabemos, que esses fenômenos podem acontecer sem que a pessoa seja
ordenada. Essa passagem não é um texto que traz qualificações para o
ministério pastoral. Apesar de ter havido profetizas na igreja
apostólica, como as quatro filhas de Filipe
(At 21.9;
cf.
1Co 11.5),
em nenhum lugar diz que elas eram pastoras.
Basicamente essas são as passagens utilizadas para
sustentar a ordenação feminina ao pastorado. Mas elas devem ser
analisadas com atenção, pois o fato de terem recebido os dons do
Espírito (inclusive aqueles relacionados com o ensino), nenhum dos
textos traz sustentação para que elas sejam ordenadas. Quando Cristo
desejou estabelecer pastores para sua Igreja, ele nos deixou o registro
bíblico de homens sendo incumbidos dessa função. Mesmo sendo um Senhor
gracioso que considera todos iguais para receberem misericórdia e graça;
que ama indistintamente suas ovelhas e morreu por todas de igual forma,
ele não mencionou mulheres como pastoras. Ele as amou, serviu e foi
servido por elas. Não as ignorou, mas, pelo contrário, foi-lhes um
protetor num mundo desigual. Foi o libertador de tantas opressões que
elas sofriam, mas nada falou sobre serem pastoras. Além disso, a igreja
sempre declarou ser sustentada sobre o ensino dos apóstolos e eles, da
mesma forma, não parecem sustentar essa posição.
Todos os textos acima demonstram que as mulheres
cristãs, juntamente com os homens, participam da graça de Deus, e dos
dons do Espírito, sem restrições. Entretanto, toda boa homilética
afirmará que elas nada têm a dizer sobre ordenação ao ministério
pastoral, nem a favor, nem contra, pois tratam de outros assuntos, não
podendo ser usadas para sustentar essa posição. Há, todavia, pelo menos
três passagens bíblicas que oferecem princípios sobre o assunto por
tratarem do ensino e, aparentemente, impõem restrições à ordenação
pastoral feminina e que por essa razão também devem ser analisadas.
3. Passagens consideradas contra a ordenação feminina
A primeira delas é
1 Coríntios 11.2-16.
Aqui Paulo aborda o problema causado por algumas mulheres que estavam
orando, profetizando (e provavelmente falando em línguas) com a cabeça
descoberta, isto é, sem o véu, contrariando assim o costume das igrejas
cristãs primitivas
(v. 16).
O
contexto nos leva a entender que algumas mulheres daquela comunidade
estavam fazendo reivindicações, mas tinham um espírito contencioso
(v. 16).
O
apóstolo naturalmente não nega à essas mulheres a participação no
culto, mas insiste que elas usem o véu - uma expressão cultural que
reflete o princípio permanente da subordinação feminina
(11.5,6,10,14).
O
apóstolo indica que, nos cultos, a participação delas deveria ser vista
como um sinal de que estavam debaixo da autoridade eclesiástica
masculina
(v.10).
Em
outras palavras, embora Paulo permita que a mulher profetize e ore no
culto público, ele requer dela que se apresente de forma a deixar claro
que está debaixo de autoridade, no próprio ato de profetizar ou orar.
Isso pode ser confuso e soar como "politicamente
incorreto" caso não tenhamos um coração espiritualmente disposto nas
mãos do Senhor. No texto em questão, Paulo argumenta teologicamente, a
partir da subordinação de Deus Filho a Deus Pai. A subordinação da
mulher ao homem não a torna inferior. Assim como Pai e Filho, que são
iguais em poder, honra e glória, desempenham papéis diferentes na
economia da salvação (o Filho submete-se ao Pai), homem e mulher se
complementam no exercício de diferentes funções, sem que nisso haja
qualquer desvalorização. Para o professor de Novo Testamento, Dr. Thomas
Schreiner,
"uma vez que Paulo apela à relação entre os
membros da Trindade, fica claro que ele não olha para as relações
descritas neste texto como meramente cultural". Paulo ainda
recorre ao relato da Criação em Gênesis 2, desejando mostrar que a
mulher não é inferior, mas, sim, a glória do homem
(vv.8-9).
Paulo
vê nos detalhes da Criação uma ordenação divina quanto aos diferentes
papéis do homem e da mulher. O fato, por exemplo, de termos de ser
submissos às autoridades civis não nos torna inferiores. A própria
Bíblia ordena essa submissão
(Rm 13.1-5;
1 Pe 2.13-17).
Também os filhos não são inferiores a seus pais, mas lhes devem submissão
(Ef 6.1).
Como bem lembrou o Dr. Nicodemus,
"o conceito de subordinação de uns a outros tem
a ver apenas com a maneira pela qual Deus estruturou e ordenou a
sociedade, a família e a igreja".
Logo se percebe a importância de 1 Coríntios 11 para a
questão desse debate sobre a ordenação feminina. A mulher deve estar
debaixo da autoridade espiritual exercida pelo homem e, ao participar do
culto, não pode exercê-la sobre ele. Ao comentar essa passagem, o Dr.
Shedd afirma que
"com o véu" (sinal de submissão),
"a esposa protegia sua própria dignidade".
Alguém, então, poderia argumentar que deveríamos voltar a usar o véu
como era o caso da igreja em Corinto. Mas o véu, no entanto, era apenas a
maneira grega do século I de demonstrar subordinação. Não é necessário
usar o véu hoje, mas o princípio da subordinação continua. O apóstolo
defende a participação diferenciada da mulher no culto usando argumentos
permanentes, que transcendem cultura, tempo e sociedade, como a
distribuição ou economia da Trindade
(v.3),
o modo pelo qual Deus criou o homem
(vv.8-9)
e ainda apelando para o costume das igrejas cristãs em geral
(v.16).
Para o Dr. Shedd
"Paulo apela para princípios. Usar ou não véu depende do que significa para a época ou sociedade atual".
Além disso, é bom notar que 1 Coríntios 11 começa lembrando aos leitores
que as questões de autoridade, submissão e ordem no culto público
deveriam ser tratadas com uma instrução apostólica
(v.2).
O
parágrafo termina afirmando que "ser contencioso" (como algumas
mulheres de Corinto) não era um "costume" apostólico, nem deveria ser em
nenhuma "igreja de Deus"
(v.16).
Uma segunda passagem é encontrada no mesmo livro
(1Co 14.33b-38),
indicando uma seqüência dentro de um mesmo tema: a ordem no culto público.
"... Como em todas as igrejas dos santos. As
vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido
falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem
aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos;
porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja" (vv. 33b-35).
A frase, "não lhes é permitido falar", tem conotação de autoridade. Elas podiam falar nos cultos, mas não de forma a parecerem insubmissas, como mostra o verso
34b.
Paulo também cita "a lei", que é o Antigo Testamento. No contexto imediato, Paulo fala do julgamento dos profetas no culto
(v. 29),
o
que envolveria certamente questionamentos, e mesmo a correção dos
profetas por parte da igreja reunida. Para o professor de Novo
Testamento e autor reconhecido internacionalmente, Dr. D. A. Carson há
aqui uma alusão à Criação que deve ser observada universalmente. Paulo
está possivelmente proibindo que as mulheres questionem ou ensinem os
profetas em público. Certamente havia na igreja de Corinto um problema
de arrogância jactanciosa por parte de algumas mulheres.
Assim como em
1Co 11.16,
aqui também a determinação de Paulo está de acordo com o espírito cristão em todas as demais igrejas
(14.33b).
Portanto, não é local. Sua ordem está conforme a "lei",
(14.34b)
e deveria ser entendida como um "mandamento do Senhor" e esse mandamento seria prontamente reconhecido pelos "espirituais"
(14.37).
Mais
uma vez o Dr. Carson lembra que existe uma seqüência lógica tratada por
Paulo desde o capítulo 11 e todo o tempo o apóstolo tem de advertir os
coríntios que existe uma prática em todas as igrejas de Deus que deveria
também ser observada por eles. Eles estavam tão orgulhosos de suas
revelações que já começaram a agir diferentemente do padrão cristão.
"Por que eles deveriam ser diferentes?" pergunta Carson. Na prática os coríntios deveriam se portar como as demais igrejas
(14.33b)
e na teologia também
(14.36),
pois
Deus não teria dado uma doutrina diferente para aquela igreja em
especial. Paulo, assim, não estaria estabelecendo um padrão apenas para
aquela igreja, mas lembrando-lhe de que ela deveria seguir um padrão já
estabelecido em todas as demais igrejas. O Dr. Russell Shedd, por sua
vez, é muito objetivo ao comentar essa passagem. Para ele,
"muitos dos abusos na igreja se devem às mulheres, geralmente mais dominadas por experiências psíquicas".
Carson acredita que essas instruções são "para o nosso bem".
Uma terceira passagem é
1 Timóteo 2.11-15.
Aqui vemos a palavra de Paulo para que "a mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição". A ordem apostólica não permite "que a mulher ensine, nem que exerça autoridade sobre o homem"
(vv. 11-12).
O
apóstolo escreveu para instruir Timóteo a combater uma perigosa heresia
que havia se infiltrado na igreja de Éfeso. Os falsos mestres estavam
ensinando que a prática ascética era um meio para se alcançar uma
espiritualidade mais elevada. Insistiam na abstinência de certas
comidas, do casamento e do sexo em geral
(1Tm 1.3-7;
4.1-3;
6.4-5;
cf.
2Tm 2.14, 16-17, 23-24).
Eles
também rejeitavam os papéis tradicionais das mulheres no casamento, e
encorajavam-nas a reivindicar papéis iguais na igreja e no lar
(2.15;
4.1-2;
5.14-15).
O texto dá a entender que o ensino desses falsos mestres tinha como porta de entrada as mulheres
(1Tm 5.12,15;
cf.
2Tm 3.6-7).
A palavra "ensinar", em Timóteo, está relacionada com a
frase "em posição de autoridade", no sentido restrito de instrução
doutrinária autoritativa, feita com o peso da autoridade oficial dos
pastores
(1Tm 4.11;
6.2;
5.17).
O
leitor cuidadoso poderá fazer um estudo mais profundo e comprovar
pessoalmente isso. Mas, o que fica evidente, afinal, é que a atitude que
o apóstolo exigia das mulheres cristãs de Éfeso era de submissão e
silêncio quanto ao aprendizado da doutrina no culto público. Não seria
lógico concluir que essa proibição de a mulher exercer autoridade sobre
os homens exclui as mulheres do ofício pastoral? De acordo com Paulo, o
oficio pastoral está relacionado essencialmente ao ato de governar e
presidir a casa de Deus
(1Tm 3.4-5;
5.17).
Não se limita a essa função, mas deve passar por ela.
O contexto de
1 Timóteo 2.11-15
é a instrução de Paulo a Timóteo quanto ao culto público da igreja
(1Tm 2.1-10).
A
instrução de Paulo aqui tem força universal, como o próprio texto
enfatiza. A ordem apostólica é para que os cristãos orem "por todos os
homens"
(2.1),
por "todos os que se acham investidos de autoridade"
(2.2),
visto que Deus quer que "todos os homens sejam salvos"
(2.4).
Assim, os varões devem "orar em todo lugar"
(2.8).
O ensino de Paulo, portanto, tem a ver com "todos os homens... em todo lugar".
(2.8).
Há, ainda, uma disputa sobre os termos gregos gnuaiki e andros.
O contexto parece muito mais indicado a explicar que a frase se refere a
"mulher e homem" e não a "esposa e marido". Com isso o texto ensina que
a mulher não deveria "exercer autoridade sobre um homem" (NVI, RA,
etc). Alguns acreditam que se uma mulher estiver em perfeita submissão
ao seu próprio marido, então ela está autorizada a ensinar outros
homens. Mais uma vez, essa seria uma análise precipitada e,
possivelmente, descontextualizada. Douglas Moo (professor de Novo
Testamento e conhecido autor), acredita que Paulo autoriza "mulher ensinar outra mulher", com base em
Tito 2.3-4,
mas "as proíbe de ensinar homens". Para o
professor, nas epístolas pastorais, as atividades de governo (na
igreja) são atribuídas a presbíteros. Claramente, então, a proibição de
Paulo de que uma mulher exerça autoridade sobre um homem exclui a mulher
de se tornar líder no sentido em que esse ofício é descrito por ele.
Desta forma, Moo conclui que uma mulher estaria impedida de ocupar
qualquer função em uma igreja que seja equivalente ao ofício de governo
eclesiástico descrito por Paulo. Para ele essa conclusão é perfeitamente
aplicável em nossos dias, uma vez que o apóstolo tem em mente a Criação
e as funções do homem e da mulher que advêm dela e não sua cultura
particular.
4. Conclusões e recomendações
Tanto John Piper como Wayne Grudem acreditam que uma
verdadeira avalanche de material feminista desabou sobre o mundo e
acabou por acertar a igreja também. Naturalmente não com a mesma má
índole do mundo. Muitos dentro da igreja têm defendido sua posição em
prol da ordenação feminina com as mais íntegras e honestas intenções.
Com certeza, no entanto, isso tem causado grande incerteza dentro da
igreja, como uma neblina sobre um assunto específico, tirando a clareza
de quais papéis os homens e as mulheres devem exercer. Mas o fato é que a
maioria dos evangélicos não tem aceitado essa posição, pois rejeitam
aquilo que chamam de "o movimento feminista evangélico".
Devemos encontrar uma resposta bíblica que traga o
equilíbrio sadio entre homem e mulher, como pessoas distintas diante de
Deus. Celebrar a masculinidade e a feminilidade como presentes de Deus
para um e para outro. Uma resposta que indique aos homens suas funções e
posições como modelos aos filhos, resgatando sua masculinidade bíblica.
Assim também as mulheres sabedoras de suas funções como modelos para
suas filhas, resgatando sua feminilidade bíblica. As distorções causadas
pelo pecado devem ser refutadas e, homem e mulher, devem ter um santo
orgulho de serem o que são como dádiva de Deus ao mundo. Wayne Grudem
(principalmente conhecido por sua "Teologia Sistemática") está certo
quando comenta o texto de
1 Pedro 3.1-7
e faz o alerta de que está mais do que na hora das "mulheres serem como
Sara e os homens honrá-las assim". O assunto da ordenação feminina pode
ter como raiz a distorção dos papéis inicialmente concedidos por Deus a
homens e mulheres.
É evidente que há elementos no Novo Testamento que
pertencem à cultura do século I. A função do exegeta é descobrir nelas o
princípio permanente para então aplicá-lo no contexto contemporâneo. É a
ponte construída entre o mundo bíblico e o mundo atual. As passagens de
1 Coríntios 11.2-16, 14.34-35 e 1 Timóteo 2.11-12 têm um princípio
permanente para que se mantenham distintamente os papéis inerentes ao
homem e à mulher na igreja e na família. Assim, não devemos inverter os
papéis. A mulher não deve ocupar posição de autoridade sobre os homens,
mas deve observar de maneira análoga seu papel como o da Igreja, que
está submissa ao Senhor. Ela tem liberdade, usa seus dons e talentos e
ainda tem suas preferências, mas, em última análise, deve ouvir ao
Senhor.
Definitivamente Paulo não instrui sobre esse assunto
tendo como base considerações condicionadas culturalmente. Seu apoio é
basicamente feito de princípios inerentes à própria humanidade,
enraizados na Criação. Ele sempre apela às Escrituras (Antigo
Testamento), demonstrando que a origem dos papéis próprios do homem e da
mulher não estão fundamentados nas questões transitórias das igrejas e
muito menos em algum aspecto cultural, mas teológico, que envolve Deus e
a Criação. É bem provável que o mundo dos apóstolos estava distante
cerca de 4 mil anos do evento da Criação. Talvez alguém pudesse alegar
que os tempos haviam mudado e o cristianismo deveria estabelecer novos
critérios culturais, mas o apelo dos apóstolos às Escrituras mostra que
havia um princípio permanente estabelecido por Deus que transcendia as
épocas.
Assim, é difícil encontrar respaldo bíblico explícito e
suficiente para que se recebam mulheres ao pastorado, onde irão
presidir, governar, e ensinar doutrina aos homens. Por isso, nenhuma
autoridade contemporânea pode criar seus argumentos a partir das
mudanças sociais para ir além da Escritura ou ainda contradizê-la. É
necessário grande temor no coração para não cair em alguma falácia. É
verdade que muitas mulheres exerceram papel importante na vida de Cristo
(como em Lucas 8) e dos apóstolos, como, Priscila
(Atos 18.2;
Rm 16.3-5);
Maria
(Rm 16.6);
Trifena, Trifosa e Pérside
(Rm 16.12);
Febe
(Rm 16.1),
Evódia e Sínteque
(Fp 4.2-3),
et
alii, mas a Bíblia nada fala sobre serem pastoras. Cada igreja local
deve, portanto, analisar com critério o papel da mulher no ministério,
dando a ela honra, respeito e espaço para exercer seus dons. Há muito
trabalho preparado por Deus que pode e deve ser feito por mulheres
piedosas. O Senhor as capacitou e a história tem dado demonstração
abundante dessa verdade.Todo esse trabalho pode ser feito, com o digno
sustento, inclusive, mas é precário afirmar ou insistir que deva ser
oficializado com um título que carece de mais apoio escriturístico.
Autor: Jaime Augusto Cisterna
5. Referências
Grudem, Wayne: Teologia Sistemática
Keener, Graig S.: Paul, Women & Wives
Lopes, Augustus Nicodemus: O que o Novo Testamento Fala sobre Ordenação Feminina.
Piper, John: Recovering Biblical Manhood and Womanhood.
Shedd, Russell P.: A Bíblia Shedd. Vida Nova.
Keener, Graig S.: Paul, Women & Wives
Lopes, Augustus Nicodemus: O que o Novo Testamento Fala sobre Ordenação Feminina.
Piper, John: Recovering Biblical Manhood and Womanhood.
Shedd, Russell P.: A Bíblia Shedd. Vida Nova.
DÉBORA JUÍZA
Débora
ocupa um lugar de destaque nas Escrituras. Foi uma profetisa - também
era mulher casada e juíza em Israel. É triste dizer que, provavelmente,
existia pouca autoridade masculina fiel a Deus naqueles dias. Israel
estava em condição espiritual tão lamentável que Deus envergonhou a
nação daqueles dias depositando o mais alto cargo de liderança nas mãos
de uma mulher. Ela foi uma exceção à
regra, mas a exceção COMPROVA A REGRA. As Escrituras não falam contra o
lugar que ela precisou ocupar, mas também não o aprovam, foi uma
exceção planejada por Deus. Contudo é SUFICIENTE o que foi dito pela
própria Débora para vermos o que ela pensava sobre o assunto- ela
condenou, pelo menos, a negligência dos homens, para não dizermos mais
(Jz 4:4-10).
Ela convocou Baraque para que atacasse Sísera. No papel de profetisa, disse-lhe
que o Senhor entregaria o inimigo em suas mãos. Mas Baraque, em sua COVARDIA, não quis ir, a não ser que Débora O ACOMPANHASSE. Ela prontamente concordou com seu pedido, mas o informou que daquela missão ele não teria NENHUMA HONRA -- Sísera seria apanhado pela mão de uma mulher. Débora, juntamente com Jael (Juízes 5:24-27), teve uma vida de acusar as fraquezas de Baraque e outros homens de Israel, que deveriam ter sido líderes mais corajosos (Juízes 4:9).
Alguns que argumentam a favor da mulher exercer autoridade sobre os homens lembram das mulheres que foram profetizas no Velho Testamento e especificamente citam o caso de Débora. Quanto às profetizas, o ofício não exigia o exercício de AUTORIDADE, pois não era autoritativo, nem interpretativo mas consistia apenas em entregar com fidelidade aquilo que o Senhor dizia por seu intermédio. Quanto ao caso de Débora, é claro que se tratou do juízo de Deus ao seu povo num momento de confusão e clara desobediência.
que o Senhor entregaria o inimigo em suas mãos. Mas Baraque, em sua COVARDIA, não quis ir, a não ser que Débora O ACOMPANHASSE. Ela prontamente concordou com seu pedido, mas o informou que daquela missão ele não teria NENHUMA HONRA -- Sísera seria apanhado pela mão de uma mulher. Débora, juntamente com Jael (Juízes 5:24-27), teve uma vida de acusar as fraquezas de Baraque e outros homens de Israel, que deveriam ter sido líderes mais corajosos (Juízes 4:9).
Alguns que argumentam a favor da mulher exercer autoridade sobre os homens lembram das mulheres que foram profetizas no Velho Testamento e especificamente citam o caso de Débora. Quanto às profetizas, o ofício não exigia o exercício de AUTORIDADE, pois não era autoritativo, nem interpretativo mas consistia apenas em entregar com fidelidade aquilo que o Senhor dizia por seu intermédio. Quanto ao caso de Débora, é claro que se tratou do juízo de Deus ao seu povo num momento de confusão e clara desobediência.
”Naqueles dias não havia rei em Israel; e cada um fazia o que parecia bem aos
seus olhos” (Juiz 21:25). Sabemos que Débora convocou a Baraque para liderar as milícias do Senhor, este recusou ir só, e exigiu a companhia de Débora, que o
advertiu: ”certamente irei contigo; porém não será tua a honra desta expedição,
pois à mão de uma mulher o Senhor vencerá Sísera” (Juiz 4:9), e de fato coube à
Jael a glória da morte do general inimigo. O período dos juízes é uma base
especialmente precária para construir uma visão do ideal de Deus para a
liderança.
Então ao final, no seu cântico de vitória, DÉBORA CONCLAMA OS HOMENS, juízes, LÍDERES NATURAIS das tribos de Israel A REASSUMIREM SEUS CARGOS DE HONRA NA CONDUÇÃO DO POVO DE DEUS.
seus olhos” (Juiz 21:25). Sabemos que Débora convocou a Baraque para liderar as milícias do Senhor, este recusou ir só, e exigiu a companhia de Débora, que o
advertiu: ”certamente irei contigo; porém não será tua a honra desta expedição,
pois à mão de uma mulher o Senhor vencerá Sísera” (Juiz 4:9), e de fato coube à
Jael a glória da morte do general inimigo. O período dos juízes é uma base
especialmente precária para construir uma visão do ideal de Deus para a
liderança.
Então ao final, no seu cântico de vitória, DÉBORA CONCLAMA OS HOMENS, juízes, LÍDERES NATURAIS das tribos de Israel A REASSUMIREM SEUS CARGOS DE HONRA NA CONDUÇÃO DO POVO DE DEUS.
É interessante notar que o livro de Juízes, relata a história de um rei que pediu
ao seu escudeiro que o matasse a espada, porque havia sido ferido mortalmente
na cabeça por uma pedra lançada por uma mulher (Juiz 9:53,54). Tudo isso para
mostrar, QUE ERA JUÍZO DE DEUS A LIDERANÇA DE MULHERES, ou ser derrotado por elas.
ao seu escudeiro que o matasse a espada, porque havia sido ferido mortalmente
na cabeça por uma pedra lançada por uma mulher (Juiz 9:53,54). Tudo isso para
mostrar, QUE ERA JUÍZO DE DEUS A LIDERANÇA DE MULHERES, ou ser derrotado por elas.
Liderar e governar, são exercícios de autoridade reservados aos homens. O
princípio de submissão que coube a mulher desde Gênesis, e que nada mais é que
um meio de proteção estendida por Deus à mulher, compreende todos os lugares em todos os tempos. A mulher é tão capaz e corajosa quanto o homem, mas existem missões das quais Deus a poupou, para que ela estivesse livre e protegida a fim de cumprir com sua real vocação feminina. Através do exemplo de Débora Deus chama a atenção dos homens a reassumirem sua função natural como líderes, para que mulheres não sejam obrigadas a irem à frente na falta de homens corajosos e capacitados para isto. Realmente uma grande lição.
princípio de submissão que coube a mulher desde Gênesis, e que nada mais é que
um meio de proteção estendida por Deus à mulher, compreende todos os lugares em todos os tempos. A mulher é tão capaz e corajosa quanto o homem, mas existem missões das quais Deus a poupou, para que ela estivesse livre e protegida a fim de cumprir com sua real vocação feminina. Através do exemplo de Débora Deus chama a atenção dos homens a reassumirem sua função natural como líderes, para que mulheres não sejam obrigadas a irem à frente na falta de homens corajosos e capacitados para isto. Realmente uma grande lição.
Citações de: A. J. Pollock, Rev. Josafá Vasconcelos, John Piper and Wayne Grudem, tradução(voltemosaoevangelho.com)
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